02/12/2025
Na proposta de lei do OE2026, agora aprovada, o Governo quis
refletir a sua visão estratégica para enfrentar a crise de acesso à
habitação no país e garantir mais habitação acessível. É
neste sentido que o Executivo pretende aumentar a oferta pública e privada de
habitação, tal como se lê no website oficial do documento:
Além destas medidas, o Governo também reforçou em 350
milhões de euros o montante destinado à garantia pública para
a compra da primeira casa para os jovens até aos 35 anos. E quer manter isenção
de IMT para jovens na compra da sua primeira casa, cujos os limites
de valores das habitações podem subir 2% no próximo ano para 330.539
euros (isenção total) e para 660.982 euros (isenção parcial) por via da
atualização dos escalões do IMT incluída no OE2026.
Há também várias medidas fiscais na área da
habitação que o Executivo de Montenegro quer avançar, mas que carecem
de diploma próprio apresentado e votado na Assembleia da República, estando
fora do OE2026. Para dar passos nesse sentido, o Conselho de Ministros aprovou,
na passada quinta-feira, a proposta de lei destinada a incentivar a
construção de habitação e o arrendamento, através de uma redução de impostos.
É o caso da redução do IVA para 6% na
construção de habitações para venda ou para arrendamento a preços
moderados (648 mil euros no caso de venda e 2.300 euros no caso de
arrendamento), uma medida que
será vertida num pedido de autorização legislativa, onde estará incluído o
efeito de retroatividade da medida para diminuir a incerteza no mercado.
Outras medidas incluídas neste pacote fiscal, que vai será
apresentado por Montenegro ao Parlamento, têm o objetivo de incentivar
a colocação de imóveis no mercado de arrendamento e venda, a
valores moderados. Os benefícios fiscais previstos neste sentido são:
“Além de incentivar a oferta, pretende-se também eliminar as
barreiras burocráticas que envolvem o mercado imobiliário, em
particular agilizar os processos de licenciamento para construção
de casas e rever os Planos Diretores Municipais (PDM)”, referiu ainda
o Governo na proposta do OE2026. Em cima da mesa está, por exemplo, a revisão do
Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE) simplificar os
procedimentos administrativos.
*Com Lusa (in idealista)